sexta-feira, 3 de outubro de 2014

CAPITAL PRODIGY LDA. - Queixas


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Do Norte a Sul do país acumulam-se testemunhos daqueles que tentam sair do desemprego e se depara com um cenário estranho de recrutamento.
Entrevistas curtas para empresas sem informações em escritórios com o nome de outras empresas.
Como aconteceu a "alguém que teve uma experiência de trabalho no número 293 da Rua Duque de Saldanha, no Porto. Desta vez, a jovem não foi contactada pela Dragão Porto, pela Scenario Group DP ou pela FreeStyle, mas sim pela Trabuca (que no Facebook se chama Trabucaqui)."
Neste caso a jovem acaba por relatar a experiência mais que observada. Desde a entrevista até à ocultação de certos "pormenores": "Ensinaram-me a ter um discurso breve, eloquente, algumas técnicas de marketing directo e uma ideia do que era aquela campanha e assim segui a minha líder durante todo o dia. Havia também um léxico próprio do grupo, que reforçava o sentimento de pertença e os laços (gritos chave, muitos termos em inglês, uma espécie de seita ou de culto, se é que me entendem). Às 20h30 saímos do terreno e só saí do escritório após as 21h45."

Deixa então as seguintes dúvidas:"Dias depois, o contrato de prestação de serviços que me chegou às mãos, a ser realizado entre mim e a empresa, tinha como primeiro outorgante a “Capital Prodigy, Lda.” (e então o que eram a “Trabuca” ou a “Trabucaqui”?). Assim sendo, eu seria trabalhadora independente e não trabalhadora da empresa. Comecei a ficar com dúvidas:
  1. Não seria, então, uma situação de falsos recibos verdes? Estaria a trabalhar a full time, em horários definidos verbalmente pela gerência e em locais atribuídos pela mesma;
  2. Não havia um salário base, os ganhos dependiam das angariações que fizesse. Para tal, o contrato fazia-se acompanhar de uma tabela, em espanhol e pouco esclarecedora, que fazia corresponder os donativos à Unicef aos rendimentos dos angariadores. Mas como é que eu, angariadora, saberia se as pessoas que tinham assinado os formulários não desistiriam de efectuar os donativos? Em suma, no final do mês poderia não ganhar nem um cêntimo, ou porque as pessoas desistiriam de fazer os donativos ou porque a Unicef atribuiria à gerência o valor correspondente pela angariação e eu, no fundo da pirâmide, nunca saberia de nada.
  3. Informaram-me de que a remuneração era semanal, mas o contrato (renovável mensalmente) sublinhava que nas primeiras três semanas não se recebia;
  4. Propuseram-me uma forma de “crédito” informal, para que me pudesse aguentar e evitar que passasse dificuldades;
  5. Numa das “formações”, dada por uma angariadora que tinha sido distinguida pelo seu número de vendas na semana anterior, fiquei estupefacta quando ela revelou que aliciava as pessoas perguntando se eram “católicas” (numa campanha da Unicef, que é peremptória neste aspecto da identificação de credos, ideologias políticas, entre outros.);
  6. Todos os dias entravam novos candidatos, portanto, com a mesma frequência deveriam sair muitos outros – não admira, o trabalho é extenuante, fisicamente exigente, sem seguro/protecção, não há salário base nem a garantia/controlo do que vamos receber pelo nosso trabalho;
  7. Para saber como é que os gerentes ganhavam entre 1500 a 2000€ semanais (!) explicaram-me que ficam com uma percentagem das vendas de cada angariador. Ou seja, os gerentes, que não dão formações, que estão nos escritórios ao começo do dia para nos “motivar” a vender mais e ao final do dia para escreverem os nossos números, ganham pelas vendas dos que estão na base da pirâmide;
     
  8. Tínhamos de trabalhar aos feriados e sábados, perfazendo mais de 10 horas diárias, cerca de 60 horas semanais.  
Gosto de trabalhar – adoro trabalhar – mas o que estas empresas fazem não é oferecer trabalho, estabilidade e prosperidade. Alimentam-se de desempregados, de pessoas com pouca formação, desesperadas para ganhar algum dinheiro, e exploram-nas à força toda. Isto não pode continuar assim, nem eu, nem qualquer pessoa se devia sujeitar à exploração laboral para poder comer e pagar a renda no final do mês.”
Claro que para ganhar dinheiro tudo vale nem que seja enganar quem mais precisa e aprender a explorar os outros é um ponto positivo para sermos "gerentes" ao fim de meio ano.

Depois vemos por aí espalhados pormenores como; Capital Prodigy - Dar informações do salário é algo "anti-ético" o relato de um jovem que ao candidatar-se a promotor de eventos numa empresa, também se apercebeu do que isso implicava. Ao tentar saber mais pormenores sobre o quanto iria receber pelo seu trabalho recebe a  (não) resposta que seria anti-ético que soubesse essa informação sem começar a trabalhar:" Durante a mesma chamada em que essa senhora marcara a entrevista, eu perguntei se me poderia dar informações acerca do salário da respectiva função, ao que me foi respondido que não me sabia dar esse tipo de informação, que teria de ser com os Recursos Humanos. Aceitei a resposta. Claro que, para mim e para quem quer que seja, saber o quanto se vai ganhar é sempre algo obrigatório de se saber. É um direito de quem quer trabalhar! Não ficando de todo satisfeito com a resposta da senhora administrativa, no dia a seguir (quarta-feira, dia 2 de Outubro), mesmo dia da entrevista, tornei a ligar para a Capital Prodiy por volta das 10 da manhã. Quando me atenderam o telemóvel, pedi para me passarem para os recursos humanos. Atendeu-me a Sra.Patrícia. Pedi-lhe com educação (algo que nem toda a gente tem, infelizmente), para me dar então informação acerca do salário da respectiva função à qual fui chamado para uma entrevista nesse mesmo dia. Não queria saber exactamente quanto iria ganhar, queria apenas saber se seria uma função à qual ser-me-ia pago à comissão ou se teria um salário base. Ao qual a Sra. Patrícia me responde com alguma brutalidade que não me poderia dizer, até porque é, segundo ela, "anti-ético". Agora pergunto a todos os que estão a ler esta reclamação.. é realmente "anti-ético" saber algo que todos os trabalhadores têm direito a saber?"



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